A minha tia engoliu um alicate

4.3.06

A verdade sobre Belmiro de Azevedo

Nesta última semana, só se tem falado da compra da PT pelo grupo de Belmiro de Azevedo, a SONAE. É verdade que esse negócio diz muito a Portugal, e que há muitos interesses por de detrás desse negócio, tanto a nível político como a nível financeiro, mas para vos dizer a verdade, esse negócio nunca se irá concretizar, não passa de um negócio fantasma. Eu sei isso, porque sou uma pessoa muito influente no mundo da pastelaria e do tratamento de jardins. " No mundo da pastelaria e do tratamento de jardins?!?! " perguntam-me vocês! É verdade, com a notícia que Belmiro irá comprar a PT, todas as atenções irão estar viradas para essa aquisição, enquanto em segredo, o braço direito de Belmiro, Kumba Ialá, aquele homenzinho simpático que usa sempre um barretinho encarnado mesmo estando 40º, ex-presidente da Guiné, graças aos seus conhecimentos, organiza um exercito secreto, que invade a Serra-Leoa. E o que há na Serra Leoa?? "Diamantes" respondem-me, mas está ERRADO!!! É onde se encontra a fábrica de Dónuts, responsáveis pela distribuição mundial.
Essa evasão tem uma razão; a mente diabólica de Belmiro, engendrou um plano maquiavélico para conquistar o mundo a partir dos dónuts. Primeiro revoluciona o mercado de confeitarias ao lançar os dónuts com dois buracos. Os só com um buraco já eram os bolos mais vendidos do mundo pois eram os únicos com um buraco, e o que Belmiro tenciona fazer, é lançar para o mercado, os dónuts com dois buracos; dá-se uma revolução nesse universo; todos irão querer os dónuts com dois buracos. Belmiro controla o monopólio dos bolos, monopólio esse que movimenta mais capitais em todo o mundo.
Enquanto a ONU organiza uma campanha militar para devolver a fábrica de dónuts aos seus donos, os meninos perdidos da Terra-do-Nunca, Belmiro arranja dinheiro suficiente para que o seu sonho se concretize: ir ver o mar à praia.
Compra um bilhete na Praça de Espanha para a Costa da Caparica ao Sr. Toninho, que inocentemente e ignorantemente lhe vende, sem pensar nas consequências que esse acto irreflectido irá trazer ao Mundo. Enquanto as autoridades estão demasiados ocupados a tentar recuperar a fábrica, Belmiro planeia já estar a atravessar a ponte Oliveira Salazar, avistando a foz do Tejo junto ao Bugio. E se todo acontecer como planeado, Belmiro chegará à praia e despir-se-á, vestirá a tanga, dizendo aos seus capangas para montarem uma barraquinha, e que tragam um garrafa de 5 litros de vinho carrascão e umas perninhas de frango, para que se sinta em casa. Depois de devidamente instalado, ele dirige-se ao mar para molhar os pés e quem sabe, se a temperatura da água o proporcionar, molhar até aos joelhos e quem sabe, sentar-se à beira-mar a levar com as ondas.
Muitos podadores de árvores de fruta etíopes morreram para me transmitirem esta informação, para que eu pode-se transmiti-la ao mundo, para que os governos dêem a atenção devida ao que se passa em Africa, impedindo que Kumba Ialá consiga conquistar a fábrica de dónuts serra-leones. É que se não for dada a importância necessária, nem Peter Pan, nem as Power Puff Girls, ninguém mesmo, poderá impedir que Belmiro seja visto de tanga na praia. Se não vêem o problema, de seguida poderemos encontrar nas praias da linha pessoas importantes de tanga. Imaginem estarem na praia de Pedrouços a apanhar carreirinhas ao lado de Ferro Rodrigues de tanga, ou receberem um convite para besuntarem de protector solar as costas peludas da Odete Santos de fio dental! É o efeito bola de neve! E uma vez que isso aconteça, as calotes polares irão derreter, a camada de ozono passará a estar maior do que nunca, e nós morreremos. Há pessoas que nunca poderão ir à praia, por isso, ajudem-me a salvar o mundo!!

Despeço-me com amizade:

Afonso "Bolha" Beirão Belo

2.3.06

Franciscov Louçanov


Havia uma terra,
perdida na Sibéria
a região que o viu nascer.
Ele era um menino
que andava sozinho,
sonhava vir um dia ser;
sonhava ser revolucionário,
mas tinha pinta de otário,
ninguém o conseguia perceber!
E naquela povoação
Franciscov Louçanov era o furão.

Franciscov Louçanov nasceu Sibéria, numa noite fria e sem estrelas, algures nos anos 50. Seu pai era rico e responsável pelo campo de concentração para cossacos. Ele era feliz, passeava pelos campos lamacentos soviéticos, vendo os cossacos a serem torturados pelos seus camaradas; era um sinal que a URSS tinha um rumo, caminhava para a liberdade, porque todos os que eram contra o casamento entre homossexuais e contra o consumo de drogas deveriam ser mortos, por não respeitar as opiniões dos outros. Franciscov para além de cossacos, repudiava pessoas xenófobas e Americanos. Era um rapaz virtuoso...
Como uma criança normal tinha o quarto decorado com posters de Lenine e Trotsky suados e em tronco nu, em campos de trigo com uma foice e em fundições com um martelo, um alvo com dardos em que alternava as imagens Nixon e de Nicolau, o último Czar da Rússia, e o hino do proletariado emoldurado na mesa de cabeceira ao lado de O Capital, livro escrito pelo seu herói, Carl Marx.
Apesar de ter tido uma infância e adolescência normal, todos os com quem convivia, principalmente os escuteiros socialistas, achavam-no convencido com a mania que era político. Dizia barbaridades, falava dos problemas, mas nunca como os resolver, atacando os que tentavam. Abusava da demagogia, e em vez de argumentar, falaciava. Acabou por tirar dois cursos, literatura soviética medieval ao qual dedicou a Ivan, o terrível, o único Czar pelo qual tinha um mínimo de respeito e gestão, na universidade de Leningrado, agora S. Petesburgo.
Não fez nada depois de tirar o curso, vivendo às custas do pai até à queda do murro de Berlim. Depois disso, vendo as suas ideologias ameaçadas pelo o avanço capitalista, decide, como um profeta comunista, ir pregar pelo território inimigo. Caminha como um eremita até encontrar o oceano Atlântico, no canto mais ocidental da Europa. Por lá fixa-se e começa a espalhar sua doutrina na praça pública. Consegue uns dinheirinhos, com uns bons conhecimentos os meios de comunicação social dão lhe bastante tempo de antena. Inscreve-se no Holmes´s Place para parecer uma besta. A multidão acha-o com boa figura e que fala muito bem; nisso Franciscov teve sorte, porque nesse canto, 7 % da população, ao não conseguir perceber o que ele diz, dão lhe o benefício da dúvida, e acredita no que ele diz, não sabendo porque.
Ele continua por ai, sob o nome de Nelson Fernandes, e se tiverem sorte, poderão encontrá-lo, vestido com umas jardineiras com um padrão escocês e uma camisola de gola alta, com um crachá do Che Guevara, vagueando perdido pelas ruas de S. Bento.
Despeço-me com amizade:
Afonso " Bolha " Beirão Belo